segunda-feira, junho 08, 2015

Qual o futuro do PowerBuidler?

         Uma das grandes questões sobre o PowerBuilder é qual o futuro do mesmo? Várias empresas têm grande parte das suas aplicações em PowerBuilder e não sabem para onde seguir.

Outro ponto e como colocar uma aplicação PowerBuilder na internet. Devo reescreve-la toda novamente?

Baseado na dúvidas acima e que também são problemas para a attps ( www.attps.com.br ), estive representando a attps na Conferência de PowerBuilder que occorreu em Charllote - Carolina do Norte - USA ( Charlotte PowerBuilder Conference 2015 ).

Estavam presente no evento os maiores evangelistas de PowerBuilder do mundo, destacando o Chris Pollach ( http://chrispollach.blogspot.com.br/ ), Bruce Armstrong ( http://www.brucearmstrong.org/ ) e o Matt Balent (http://www.ncpbug.org ).

Chris Pollach descreveu muito bem a conferencia no seu post http://chrispollach.blogspot.com.br/2015/06/pbc.html e não irei repetir aqui o que está bem dito por ele.

Porém, respondendo as questões acima:

Como evoluir a minha aplicação para Web?
Este ponto foi muito discutido pelos participantes do evento e o caminho mais simples e com maior sucesso para disponibilizar a aplicação na Web foi a utilização do Appeon ( www.apppeon.com ). No passado eu tinha feito um teste com o Appeon, quando trabalhava na Energisa ( www.energisa.com.br ) e tinha me decepcionado muito, porém após os relatos feitos no evento, resolvi testar a ferramenta.

Para a minha surpresa, conseguir migrar uma aplicação grande para a Web com sucesso com apenas 16 horas. É claro que existem alguns pontos a ajustar, mas nada crítico. A aplicação funcionou 100% e ficou excelente. Não vou me aprofundar no Appeon aqui, pois este é assunto para um outro post, mas vale destacar que realmente é um caminho muito bom para quem está no PowerBuilder e precisar disponibilizar a aplicação na web.

A opção de reescrever a aplicação em outra linguagem como Java e .Net foi pouco recomendada pelo investimento necessário e os custos envolvidos. Quem fez esta escolha não gostou dos resultados se a opção for apenas migrar por migrar, mas se for para reconstruir a aplicação, talvez neste caso o custo se pague com os ganhos obtidos por uma aplicação melhor.

Qual o futuro do Power Builder?
Esta é a questão que não queria calar. Na primeira apresentação do evento este assunto era pauta de conversa entre os participantes. Porém, todos os apresentadores fugiam do assunto e o motivo era claro, ninguém sabia a resposta.

Porém, na última apresentação do evento, Mr       Dirk Boessmann, Senior SAP VP, teve um bate-papo com os participantes para conversarmos sobre este assunto. Resumidamente, a SAP deixou o PowerBuilder de lado de 2010 até 2015, pelo produto não ser a prioridade em seu portfólio de produtos. Este ponto explica porque algumas vezes tentei comprar licenças do PowerBuilder e não consegui. Porém, ocorreu um movimento de grandes empresas no mundo e que usam PowerBuilder cobrando uma posição da SAP, o que fez a empresa procurar saber o que é o tal do PowerBuilder. Com isto, eles identificaram que o Power Builder precisava de uma atenção especial e resolveram retomar o mesmo. Neste ponto entra outro problema, porque nos anos que o PowerBuilder ficou parado, a SAP desmontou todo o time de PowerBuilder e não tem mais capacidade de evolui-lo. Para resolver está questão, a SAP resolveu transferir o desenvolvimento / sustentação do PowerBuilder para outra empresa e, após uma análise de mercado, a SAP fechou uma parceria com a Appeon que será responsável por manter o PowerBuilder.

O CEO da Appeon, Mr. Armeen Mazda, que estava presente no evento, comentou que a Appeon tem todo interesse em evoluir o PowerBuilder e pretende liberar melhorias de forma rápida, seguindo metodologias Ágeis de desenvolvimento de software.

Uma questão colocada por um participante e que a resposta foi boa é se não existe um conflito de interesse entre o PowerBuilder e o Appeon, já que o Appeon é uma ferramenta que complementa o PowerBuilder e, que de agora em diante a Appeon não iria aproveitar todo este conhecimento para evoluir o Appeon e não o PowerBuilder. A resposta do Mr. Armeen é que o objetivo deles, e o mais interessante para o negócio, é que o PowerBuilder cresça e não o Appeon e que neste caso a tendência é que o PowerBuilder comece a incorporar funcionalidade do Appeon.

A comunidade de PowerBuilder ficou muito entusiasmada com a notícia, pois desta forma o PowerBuilder tem uma chance de crescer em muito, já que terá uma empresa praticamente dedicada a evolução da mesma, o que poderá colher bons frutos no futuro. Digamos que a Appeon pode se tornar uma “PowerSoft” que foi a época de ouro do PowerBuilder.

Agora é aguardar e ver quais são os próximos caminhos.

Abaixo alguns links sobre a parceria SAP e Appeon.