Uma das grandes
questões sobre o PowerBuilder é qual o futuro do mesmo? Várias empresas têm
grande parte das suas aplicações em PowerBuilder e não sabem para onde seguir.
Outro ponto e como colocar uma aplicação
PowerBuilder na internet. Devo reescreve-la toda novamente?
Baseado na dúvidas acima e que também são
problemas para a attps ( www.attps.com.br ), estive representando a attps na Conferência
de PowerBuilder que occorreu em Charllote - Carolina do Norte - USA ( Charlotte
PowerBuilder Conference 2015 ).
Estavam presente no evento os maiores
evangelistas de PowerBuilder do mundo, destacando o Chris Pollach
( http://chrispollach.blogspot.com.br/ ), Bruce Armstrong (
http://www.brucearmstrong.org/ ) e o Matt Balent (http://www.ncpbug.org ).
Chris Pollach descreveu muito bem a
conferencia no seu post http://chrispollach.blogspot.com.br/2015/06/pbc.html
e não irei repetir aqui o que está bem dito por ele.
Porém, respondendo as questões acima:
Como evoluir a minha aplicação para Web?
Este ponto foi muito discutido pelos participantes do evento e o
caminho mais simples e com maior sucesso para disponibilizar a aplicação na Web
foi a utilização do Appeon ( www.apppeon.com
). No passado eu tinha feito um teste com o Appeon, quando trabalhava na
Energisa ( www.energisa.com.br ) e
tinha me decepcionado muito, porém após os relatos feitos no evento, resolvi
testar a ferramenta.
Para a minha surpresa, conseguir migrar uma aplicação grande para
a Web com sucesso com apenas 16 horas. É claro que existem alguns pontos a
ajustar, mas nada crítico. A aplicação funcionou 100% e ficou excelente. Não
vou me aprofundar no Appeon aqui, pois este é assunto para um outro post, mas
vale destacar que realmente é um caminho muito bom para quem está no PowerBuilder
e precisar disponibilizar a aplicação na web.
A opção de reescrever a aplicação em outra linguagem como Java e
.Net foi pouco recomendada pelo investimento necessário e os custos envolvidos.
Quem fez esta escolha não gostou dos resultados se a opção for apenas migrar
por migrar, mas se for para reconstruir a aplicação, talvez neste caso o custo
se pague com os ganhos obtidos por uma aplicação melhor.
Qual o futuro do Power Builder?
Esta é a questão que não queria calar. Na primeira apresentação do
evento este assunto era pauta de conversa entre os participantes. Porém, todos
os apresentadores fugiam do assunto e o motivo era claro, ninguém sabia a
resposta.
Porém, na última apresentação do evento, Mr Dirk Boessmann, Senior SAP VP, teve um bate-papo com os participantes
para conversarmos sobre este assunto. Resumidamente, a SAP deixou o
PowerBuilder de lado de 2010 até 2015, pelo produto não ser a prioridade em seu
portfólio de produtos. Este ponto explica porque algumas vezes tentei comprar
licenças do PowerBuilder e não consegui. Porém, ocorreu um movimento de grandes
empresas no mundo e que usam PowerBuilder cobrando uma posição da SAP, o que
fez a empresa procurar saber o que é o tal do PowerBuilder. Com isto, eles
identificaram que o Power Builder precisava de uma atenção especial e
resolveram retomar o mesmo. Neste ponto entra outro problema, porque nos anos
que o PowerBuilder ficou parado, a SAP desmontou todo o time de PowerBuilder e
não tem mais capacidade de evolui-lo. Para resolver está questão, a SAP
resolveu transferir o desenvolvimento / sustentação do PowerBuilder para outra
empresa e, após uma análise de mercado, a SAP fechou uma parceria com a Appeon
que será responsável por manter o PowerBuilder.
O CEO da Appeon, Mr. Armeen Mazda, que estava presente no evento,
comentou que a Appeon tem todo interesse em evoluir o PowerBuilder e pretende
liberar melhorias de forma rápida, seguindo metodologias Ágeis de
desenvolvimento de software.
Uma questão colocada por um participante e que a resposta foi boa
é se não existe um conflito de interesse entre o PowerBuilder e o Appeon, já
que o Appeon é uma ferramenta que complementa o PowerBuilder e, que de agora em
diante a Appeon não iria aproveitar todo este conhecimento para evoluir o
Appeon e não o PowerBuilder. A resposta do Mr. Armeen é que o objetivo deles, e
o mais interessante para o negócio, é que o PowerBuilder cresça e não o Appeon
e que neste caso a tendência é que o PowerBuilder comece a incorporar
funcionalidade do Appeon.
A comunidade de PowerBuilder ficou muito entusiasmada com a notícia,
pois desta forma o PowerBuilder tem uma chance de crescer em muito, já que terá
uma empresa praticamente dedicada a evolução da mesma, o que poderá colher bons
frutos no futuro. Digamos que a Appeon pode se tornar uma “PowerSoft” que foi a
época de ouro do PowerBuilder.
Agora é aguardar e ver quais são os próximos caminhos.
Abaixo alguns links sobre a parceria SAP e Appeon.